Por Gaudêncio Torquato A aprovação de um governante tem muito a ver com o sistema de comunicação adotado para veicular seus feitos e modo de agir. Nesse caso, a comunicação incorpora o papel de “poder expressivo”, que detém a condição de convencer audiências sobre as qualidades de uma gestão governamental. Essa capacidade carece de alguns pré-requisitos: coerência nas abordagens, foco em prioridades, uso adequado de meios, oportunidade, racionalidade dos processos, eficiência e qualidade dos comunicadores, entre outros. O governo Bolsonaro vai na contramão desses conceitos. Sua comunicação tem três vértices: o do porta-voz oficial, general Otávio Rêgo Barros, que lê comunicados oficiais e interpreta atos da administração, gestos e atitudes do presidente; o do núcleo da Secretaria de Comunicação, mais afeito ao cotidiano dos programas e operação dos meios e redes tecnológicas; e a modelagem familiar, coordenada pelo filho do presidente, Carlos, com a participação de outro filho,