Na Bahia, Lula diz que brasileiro perdeu complexo de vira lata, mas elite e imprensa teriam inveja de seu sucesso no governo
Por Fernando Castilho
Alagoinhas- (BA) - “Eu precisava vir aqui. Eu estava com saudades do microfone. Eu tinha que vir aqui e dizer que pode me chamar para qualquer inauguração de uma nova fábrica neste país porque tem uma coisa que ninguém pode tirar de mim e do povo brasileiro que é o otimismo.”
Foi quase um desabafo de um Lula da Silva de voz rouca e suando muito, mas que pareceu ter voltado ao velhos tempos quando o ocupava a Presidência da Republica e costumava abandonar os discurso da assessoria para falar de improviso e empolgar a plateia que começou a lhe aplaudir quando ele disse que tomava emprestado um slogan que tem na entrada de Salvador: Sorria você está na Bahia.
Mas na cidade de Alagoinhas a 100 quilômetros de Salvador, o ex-presidente Lula da Silva como convidado do empresário Walter Farias, um dos campeões nacionais que seu governo elegeu no setor cervejeiro através de apoio via BNDES, fez uma defesa de seu governo e do da presidente Dilma afirmando que a Imprensa brasileira e as elites continuam com inveja do sucesso dos governo do PT.
-Eu não consigo, disse o ex-presidente, entender como algumas pessoas nesse pessoas continuem com esse complexo de vira-lata acreditando que tudo que é de fora é melhor do que o daqui. Pois eu digo que não. Que nós podemos fazer cerveja tão boa como as alemãs, e de dezenas de outros produtos com qualidade entre os melhores do mundo.
Se em lugar do que fizemos em 10 anos tivéssemos fracassados todos estavam lamentando com ironia. Mas como mudamos o Brasil eles não aceitam.
-Eles não não aceitam que um presidente analfabeto tenha passado de 3 milhões de vagas nas universidades para 7,6 milhões e que um empresário que não se formou (referindo ao dono da Itaipava) tenha construído o maior grupo privado cervejeiro nacional, disse um Lula para cinco mil pessoas que aplaudiram quando ele disse que as elites ficam com raiva quando vêem, o filho de empregada estudar Medicina, o de um pedreiro ser engenheiro e de um jardineiro entrar no Itamaraty.
O ex-presidente até que seguiu no início o discurso escrito por sua assessoria onde fez didaticamente um balanço de seu governo e da presidente Dilma Rousseff tomando um corte de 10 anos. Disse que em 10 anos o Brasil saiu do 10º para 4º mercado de automóveis, de 100 milhões de grãos produzidos para 184 milhões e que dos US$ 37 bilhões em reservas (20 deles do FMI) para US$ 375 bilhões sendo credor do fundo.
Lembrou que a Petrobras saiu de alguns bilhões em investimento para US$ 43 bilhões, ano passado, além de um dezena de dados comparativos para abandonar o texto escrito e começar uma série de comparações, entre elas a de que no seu governo foi que tanto os banqueiros como os empresários de infraestrutura nunca ganharam tanto dinheiro.
Ele também lembrou que antes de seu governo os empresários de obras se queixavam de que não tinha obra e que ao final se criou um mercado extraordinário. Para confirmar pediu o testemunho do presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, cuja empresa é quem faz as fabricas do Grupo Itaipava inclusive a de Pernambuco.
Lula pediu ainda o testemunho dos atletas Hortênsia e Cigano (MMA) para dizer que foi no seu governo que mais se investiu em educação e esportes e lembrou que foi a todas as inaugurações de foi convidado para dar uma estocada no ex-governador de José Serra que se queixou que ele vinha até assinatura de contrato do BNDES que São Paulo iria pagar para dizer que ia para mostrar que sem o dinheiro do BNDES são Paulo não faria as obras que precisava.
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