Nesta semana que passou, durante reunião do setor sucroenergético nacional com o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), órgão de classe regional que representa cerca de 21 mil agricultores, reclamou da permissão do governo federal de importar etanol estadunidense para o mercado nordestino, mesmo com a região em plena produção de etanol à base de cana-de-açúcar.
A resposta dada pelo ministro aos participantes foi enfática. “Acho isso um absurdo”, informou o presidente da Unida, Alexandre Andrade Lima.
Todavia, mesmo com a opinião a respeito, o representante do primeiro escalão da presidente Dilma Rousseff disse nada pode fazer. O assunto é de responsabilidade total da Agência Nacional do Petróleo, órgão ligado ao Ministério de Minas e Energias.
Alexandre Andrade Lima ressalta que enquanto o Brasil permite a importação de etanol dos EUA sem impor nenhuma barreira, o país estrangeiro apenas recebe açúcar brasileiro através de cotas específicas, limitando o quantitativo, visando proteger seus produtores locais.
“Mas isso não tem sido priorizado aqui”, reclama.
O ministro da Agricultura, que está prestes a deixar a pasta para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados, foi quem convocou a reunião com o setor sucroenergético. Os representantes do segmento econômico fizeram uma retrospectiva das ações feita pelo Ministério. Dentre elas, destacaram-se a desoneração do PIS/Cofins da gasolina, o aumento de etanol anidro na composição da gasolina de 20% para 25%, além da subvenção federal econômica para os produtores de cana e etanol nordestinos.
O ministro também ouviu reivindicação para realizar novas ações em 2014, entre elas a continuidade do programa de subvenção aos fornecedores nordestinos de cana-de-açúcar e a suplementação do subsídio atual, pois foi insuficiente para contemplar todos os prejuízos com a maior seca dos últimos 50 anos na Região.
Comentários
Postar um comentário