PT não aceita palanque com PSDB, DEM e PSB

O PMDB do Rio Grande do Norte costura uma aliança ampla para as eleições deste ano. O PT potiguar quer um palanque restrito aos partidos que formam a base de apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. A divergência parece intransponível depois de uma rodada de conversas ontem (24) na sede do PMDB em Natal. A reunião durou mais de duas horas.

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, falaram em nome dos peemedebistas. O PT esteve representado pelos deputados Fernando Mineiro, Fátima Bezerra e pelo presidente estadual da legenda, Eraldo Paiva.

Henrique Alves disse que o PMDB iniciou uma série de conversas com os partidos políticos. A legenda está aberta a uma ampla coalização de forças que deve juntar o PR, PSB, PDT, PV, PSC, PROS, PPS, Solriedade, PSDB e setores do DEM ligados ao senador José Agripino Maia. O PMDB ainda tem encontros marcados para negociar com o PSD e com o PMN. "Não vamos fechar porta para ninguém. Precisamos formar uma frente em favor do desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Norte, que vive uma crise sem precedentes", declarou o deputado Henrique.

Já os petistas pensam diferente. Segundo Fernando Mineiro, o partido não vai subir no palanque com a presença de políticos do PSDB, do DEM e do PSB, este último com a candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Ao PT interessa apenas repetir a aliança nacional em favor do projeto de reeleição da presidente Dilma.

Mineiro também deixou claro que o PT não vai aceitar ser excluído da chapa majoritária, como parece estar se desenhando numa aliança do PMDB com o PSB. Fala-se numa chapa que terá o candidato do PMDB para o governo e a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, para o Senado. "O PT tem um projeto claro que é a candidatura da companheira Fátima Bezerra para o Senado", pontuou Mineiro.

Diante da divergência em torno de uma aliança mais ampla e outra mais restrita, os dirigentes do PT e do PMDB se dispuseram a marcar novas reuniões.