Está em O Globo
O futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, não vê viabilidade operacional para que o país tenha novas eleições gerais em outubro deste ano nem em 2017, como defendem alguns aliados da presidente Dilma Rousseff.
“Se essa ideia for adiante, certamente vai suscitar questionamentos. Para que ocorra, seria necessário alterar a Constituição. E ainda que se consiga, a questão prática é complicadíssima. Realizar eleições requer um gigantesco trabalho e planejamento”, justificou Mendes.
O maior entrave para viabilizar a proposta é o fato de que, independente da forma como seja colocada, ela tem que ser aprovada pelo Congresso. Hoje, a avaliação majoritária é de que a tramitação de uma matéria como essa é inviável.
Além do aspecto operacional, Gilmar Mendes disse não enxerga condições políticas para que o projeto saia dos escaninhos do Senado. “Um governo que não consegue 171 votos para barrar o processo de impeachment conquistará três quintos dos deputados para aprovar algo nesse sentido, numa votação em dois turnos?”, questionou Mendes, durante evento nesta quarta-feira (27) no TSE.
Questionado sobre o assunto, o atual presidente do Tribunal, ministro Dias Toffoli esquivou-se, sob alegação de que está deixando a Corte no dia 12 de maio e que o tema pode chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde ele também ocupa uma cadeira. “Se é possível realizar ou não, aí pergunte ao Gilmar [Mendes]”, brincou o ministro.
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