Pesquisa do Ibope, realizada após impeachment mostra que a presidente afastada Dilma Rousseff passou de 18% para 33% de confiança do eleitor, diz Carlos Augusto Montenegro, presidente do Ibope, em econômica revelação dos resultados da pesquisa feita em meados de maio. Não foi feita avaliação do governo interino.
As duas mostraram certa estabilidade no porcentual de confiança, mas ainda mantinham extremo o grau de desconfiança dos eleitores. Foram realizadas antes dos resultados da votação de admissibilidade do afastamento de Dilma na Câmara e no Senado.
Números da terceira pesquisa, de maio, indicam um impacto forte nos índices “confia”, para cima, e “não confia”, para baixo. A queda da desconfiança é expressiva. Caiu de 76% para 65%. Porcentuais ainda preocupantes. Projeta, porém, tendência de queda.
O resultado surpreende. Dilma, tudo indica, está em processo de recuperação política. A velocidade do caminho será ditada pelo possível fracasso do governo provisório de Temer.
Montenegro tem algumas explicações. Ele sabe, no entanto, que o Brasil não está diante de um fenômeno e alerta para um “erro” cometido pela mídia. Ela punha o foco na baixa avaliação do governo. Destacavam o “bom e ótimo” que desceu a 8%. Quase no fundo do poço. Deixava de lado, no entanto, o porcentual da resposta “Regular”.
“Existe o regular positivo. Não se deu atenção a isso. Muita gente veio do regular”, diz Montenegro. Um erro politicamente premeditado. Inserido perfeitamente no contexto do impeachment.
Montenegro medita sobre a relação do grupo de eleitores “criados” pela solidariedade à Dilma. “Ainda não sei em que proporção”, admite.
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