Desde os idos do Mensalão, e ainda antes da Lava Jato, fala-se num provável escândalo envolvendo o BNDES, banco de desenvolvimento ligado ao governo federal. Mas, como diz o próprio Procurador do Ministério Público junto ao TCU, Julio Marcelo de Oliveira, há uma “caixa-preta” que ainda não foi aberta.
O próprio presidente da CPI do BNDES afirmou que o banco estaria escondendo detalhes de suas operações em Cuba, Venezuela e Angola (sim, coincidentemente, são países que não apoiam o novo governo…).
Confiram trechos da entrevista do Procurador Oliveira ao Correio Braziliense, lembrando que ele é o autor da representação que reprovou as contas de Dilma Rousseff no TCU:
O ministro Meirelles disse que vai abrir a caixa-preta do BNDES. O senhor disse no Twitter que “assim espera”.
Exato. Porque o BNDES foi utilizado como fonte de financiamentos subsidiados em larguíssima escala, inédita. Foram R$ 500 bilhões em seis anos.
É outra Lava-Jato…
Pode ser, quando abrir a caixa-preta, a gente vai descobrir. O TCU sempre tem muita dificuldade de auditar, porque eles negavam reiteradamente as informações pedidas, a ponto de o BNDES entrar com mandado de segurança no Supremo para não entregar informações ao TCU.
Essa dificuldade também acontecia com a Petrobras…
Também, havia resistência ao controle. Quando se pedia informação, vinha incompleta, ou embaralhada.
Mas no caso do BNDES, há indícios?
Esperamos que se abra a caixa-preta e que a gente descubra. Tem dinheiro público que não se sabe quem pegou, como pagou. Tudo isso é feito sem transparência. Então eu não posso dizer previamente que houve roubalheira, mas eu também não posso descartar. É dinheiro público, tem de ter transparência.
Que se abra mesmo esta e todas as outras caixas-pretas. Aliás, uma democracia não pode ter qualquer tipo de caixa-preta. E R$ 500 bilhões em seis anos? MEIO TRILHÃO DE REAIS? Isso precisa ser investigado a fundo.
Implicante
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