Chicago é conhecida “capital americana da corrupção”. Nos últimos 40 anos, foram mais de 1.500 agentes públicos condenados por corrupção na cidade, média muito acima das outras cidades americanas.
Porém, fora dos EUA, Chicago tem fortes concorrentes. Cidades colombianas tiveram nos últimos oito anos quase 1.380 prefeitos acusados de corrupção. Na Ucrânia, um em cada dez novos processos é referente a denúncias de corrupção na esfera municipal.
O New Urban Governance Project, um estudo de dois anos feito no Reino Unido para medir a corrupção em várias cidades do mundo, cita duas cidades nigerianas entre as mais corruptas do mundo: Lagos e Port Harcourt. No mesmo estudo, a capital venezuelana Caracas ficou com o título de cidade mais corrupta e mais perigosa da América Latina. Lá, em média, oito em cada dez sequestros têm policiais envolvidos.
Outra ONG dedicada a medir a corrupção internacional, a Global Integrity lista as capitais africanas Asmara (Eritrea), Nouakchott (Mauritania) e Conakry (Guiné) entre as mais corruptas da África.
Na Índia, o site ipaidabribe.com, onde usuários postam as vezes que tiveram de pagar propina para obter serviços públicos, cita as cidades de Bangalore, Delhi e Hyderabad como as mais corruptas do país. Em Bangladesh, o título de cidade mais corrupta ficou com a capital Dhaka.
No Brasil, a corrupção atinge, principalmente, as cidades pequenas, onde pequenos grupos de políticos com grande influência dominam a população e burlam a lei. No ano passado, em entrevista ao site UOL, o juiz Márlon Reis, um dos mentores da Lei da Ficha Limpa, alertou que a corrupção nos municípios brasileiros é alimentada pela certeza da impunidade. “Há muitos desvios nos municípios, e isso se deve à certeza de que não serão descobertos”.
Reis citou como exemplo de corrupção Campo Grande (MS), que teve o prefeito Gilmar Olarte afastado por corrupção, e Bom Jesus (MA), onde a ex-prefeita Lidiane Leite da Silva, conhecida como “prefeita ostentação“, foi afastada e responde por desvio de verbas, fraude licitatória e associação criminosa. Outra cidade do Maranhão que teve o prefeito afastado foi Bacuri, onde José Baldoíno da Silva Nery foi afastado por desviar verba de transporte destinada a escolas públicas.
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