Mesmo após a liberação do saque do FGTS e inauguração de trecho da transposição do São Francisco, o presidente Michel Temer não ficou nem um pouco mais popular no mês de março. Ao contrário. Pesquisa Ipsos divulgada pelo jornalista José Roberto Toledo, nesta quinta (30), mostra que aumentou de 59% para 62% o volume de pessoas que acham o governo Temer ruim ou péssimo.
Segundo o estudo, 90% dos entrevistados disseram que o Brasil está no rumo errado. É a maior taxa desde que Temer sentou na cadeira conquistada por Dilma Rousseff na disputa de 2014. Nos tempos mais difíceis, Dilma bateu na casa dos 94% de rejeição.
Temer só não é mais rejeitado que outros dois protagonistas do impeachment: Renan Calheiros (83%) e Eduardo Cunha (87%). A pesquisa aferiu que Dilma Rousseff segue sendo rejeitada por 74% dos entrevistados.
Segundo Toledo, o Ibope deve divulgar nos próximos dias o estudo encomendado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e, se o resultado for tão ruim para Temer quanto é a pesquisa Ipsos, será uma "infeliz coincidência".
Isso porque o Tribunal Superior Eleitoral pretende começar nas próximas semanas julgamento da cassação do mandato presidencial.
"Embora os ministros devam se basear em argumentos técnicos e elementos de prova, um clima de opinião pública negativo para Temer não aumenta sua chance absolvição. Só não faz crescer a possiblidade oposta porque as alternativas que se apresentam talvez não entusiasmem o tribunal presidido por Gilmar Mendes", diz o jornalista.
O Ipsos ainda apontou que Lula tem a maior taxa de aprovação entre os políticos sondados como alternativas para presidente: 38%. Mas ele ainda tem a maior desaprovação, 59%.
Na política, não tem nome com maior aprovação que Lula. Por outro lado, seu algoz na Lava Jato, o juiz Sergio Moro, tem o apoio de 63%, Joaquim Barbosa, famoso após o Mensalão, tem 51%. Cármen Lucia tem 26%.
Os números do PSDB estão da seguinte maneira: FHC tem 23% de aprovação, seguido de José Serra (20%), Geralndo Alckmin e Joao Doria (16%) e Aécio (11%).
Marisa Silva, da Rede, é aprovada por 23%, e Jair Bolsonaro (PSC), por 14%.
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