Política e história
Após o suicídio do Presidente Getúlio Vargas na madrugada de 23 para 24 de agosto de 1954, o vice-presidente João Café Filho assumiu a presidência da República, tornando-se o primeiro potiguar a governar o Brasil.
Natural de Natal/RN, Café Filho governou o país de agosto de 1954 a novembro de 1955, trabalhou como jornalista e advogado durante a juventude. Participou da Aliança Liberal na campanha de 1930. Em 1933 fundou o Partido Social Nacionalista (PSN) do Rio Grande do Norte, e alguns anos mais tarde, o Partido Social Progressista de Ademar Pereira de Barros. Em 1934 e 1945 foi eleito deputado federal..
No parlamento fazia campanha contra o cancelamento do registro do PCB e a extinção do mandato dos parlamentares comunistas, além de ser defensor do divórcio.
Nas eleições de 1950, o governador de São Paulo Ademar de Barros impôs o nome de Café Filho à vice-presidência como condição de apoiar a candidatura de Getúlio Vargas. Getúlio resistiu pois o nome de Café Filho desagradava os militares e a igreja católica, que o consideravam um político de tendências esquerdistas.
Ademar, no entanto, se irritou com a resistência de Getúlio e lançou uma advertência pela imprensa: “A candidatura do Café Filho a vice-presidente será mantida, custe o que custar”. O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) acabou formalizando ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o nome de Café Filho como vice apenas na data limite do registro eleitoral.
Nas eleições de 1950 a escolha do vice era desvinculada do presidente. Mesmo assim, Café Filho foi eleito vice-presidente com uma diferença de 200 mil votos para o segundo colocado, Odilon Duarte Braga da União Democrática Nacional (UDN).
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