Nos Estados Unidos, o The New York Times qualificou a eleição de Bolsonaro como a de um populista estridente na mais radical mudança política desde que a democracia foi instaurada há mais de 30 anos.
Já a Rede de TV CNN, disse que a eleição de Bolsonaro foi devido a uma prolongada recessão, a crescente insegurança e um grande escândalo de corrupção que atingiu políticos, empresas e instituições financeiras estiveram entre os temas considerados prioritários pelos eleitores durante a campanha.
O Washington Post aponta que Bolsonaro fez uma campanha no mesmo estilo de Trump, que ganhou as eleições americanas em 2016, com uso maçico das mídias sociais e prometeu renegociar os termos dos acordos comerciais, colocar a economia à frente de preservação ambiental e usar mão de ferro na luta contra o crime.
Segundo a Reuters, o parlamentar de extrema-direita ganhou a eleição presidencial neste domingo em meio a uma onda de frustração sobre corrupção e crime que levou a uma mudança dramática para a direita na quarta maior democracia do mundo.
Já a emissora alemã DW afirmou que o Brasil está à beira de uma mudança política com a eleição do “político de ultradireita Jair Bolsonaro”. O texto afirma que a votação é vista como um teste de democracia na maior economia da América Latina, marcada por escândalos políticos e miséria econômica.
No Reino Unido a The Economist, a tradicional revista britânica defensora do liberalismo, apontou em sua última edição que a vitória de Bolsonaro imporá um desafio ao Brasil: assegurar que um presidente com impulsos autocratas não subverterá a democracia brasileira. “O Brasil é uma relativamente jovem democracia. A ditadura terminou em 1985. Mas não é uma democracia fraca, apesar dos brasileiros verem o congresso como uma coleção de partidos corruptos de aluguel.
O The Guardian aponta que Bolsonaro “Jair Bolsonaro construiu sua campanha com base na luta contra a corrupção, o crime e uma suposta ameaça comunista.
O Financial Times qualificou a vitória de Bolsonaro como sendo uma mudança em direção à direita. Os eleitores protestaram contra o PT e o declínio econômico e contra a corrupção na maior economia da América Latina.
O site de notícias espanhol El País considerou essa a eleição “mais polarizada, tensa e violenta em décadas” e afirmou que os dois candidatos tiveram uma campanha marcada por tensão, triunfo da desinformação nas redes sociais e “pelas atitudes antidemocráticas de Bolsonaro”. O jornal descreveu o presidente eleito como um homem duro sem freios na língua, um estilo que tem feito sucesso atualmente, “como o americano Trump, o húngaro Orban, o russo Putin, o filipino Duterte e o turco Erdogan”.
Já o o jornal francês Le Monde destacou a promessa de Bolsonaro de defender a Constituição, de democracia e de liberdade. E lembrou que a facada que ele levou, em 6 de setembro, foi um ponto de inflexão na campanha.
A agência de notícias AFP disse que Bolsonaro foi eleito com uma mensagem de mudar o destino do Brasil, graças a uma votação de mais de 57 milhões de eleitores.
O jornal italiano La Reppublica descreve a vitória de Bolsonaro como uma mudança radical para o Brasil, que depois de 13 anos à esquerda, passa para a “extrema direita”. “Lula está esquecido, preso na cadeia. Com ele, o odiado Partido dos Trabalhadores, que todos consideram responsável pelo desastre econômico e social em que o país se afundou”.
O argentino Clarín disse que a campanha de Bolsonaro se baseou em denúncias contra a corrupção petista e na insegurança. O jornal destacou declarações do presidente eleito após a vitória, como a promessa de que o seu governo colocará a maior economia da América do Sul “em um lugar destacado” e o seu compromisso de “seguir a Constituição brasileira, a democracia e a liberdade”.
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