Marco da resistência estudantil secundarista e universitária contra a ditadura militar, a Casa do Estudante do Rio Grande do Norte vai ampliar os serviços oferecidos à população, além de homenagear uma das vítimas do regime de exceção no RN.
Localizado na praça coronel Lins Caldas, Cidade Alta, o prédio histórico será batizado de Emmanuel Bezerra dos Santos, nome do ex-estudante que presidiu a Casa antes de ser assassinado pelos militares em 1973.
A governadora Fátima Bezerra fará o anúncio oficial neste domingo (31) na própria sede da Casa. A data coincide com os 55 anos do golpe militar que depôs o ex-presidente da República João Goulart, em 1964.
Na ocasião, Fátima também anunciará que a sede da Secretaria das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos vai funcionar na Casa, que manterá o caráter de residência estudantil. O projeto de Lei que cria a pasta está tramitando na Assembleia Legislativa desde fevereiro.
A ideia é levar a pasta para um local de vulnerabilidade social, transformando o equipamento abandonado em uma sede de Juventude, Cultura e Direitos Humanos.
Um grupo de trabalho está finalizando o projeto, que ainda deve incluir um Memorial da Juventude para relembrar personagens históricos importantes para a democracia brasileira que lutaram contra a ditadura militar no Estado.
A ideia é que o mesmo espaço receba a secretaria, o memorial da Juventude, programas de governo voltados para a área de Direitos Humanos e continue servindo de dormitório para estudantes pobres, especialmente vindos do interior.
A Casa do Estudante está sob intervenção judicial desde outubro de 2018 a pedido do Ministério Público Estadual, que também solicitou a extinção do espaço. A Casa vem sendo administrada atualmente pelo interventor Durval de Araújo Lima.
A última reforma da Casa, iniciada em 2017 e em fase de conclusão, custou aos cofres estaduais R$ 937.121,70
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