Após 1 ano de intervenção, prédio da Casa do Estudante que deveria funcionar secretarias do Governo Estadual segue abandonado

Desde que a antiga Casa do Estudante do Rio Grande do Norte (CERN), em Natal, passou por intervenção judicial que culminou com o despejo de seus moradores, passado um ano após a referida intervenção, a situação do prédio histórico denominado pela governadora Fátima Bezerra(PT), de Emmanuel Bezerra dos Santos, que deveria acomodar secretarias do Governo Estadual continua o mesmo, abandonado. O prédio é tombado pelo Iphan. 

(Fotos mostram a situação de abandono e descaso em que se encontra o prédio mesmo após  a intervenção/foto Tales Vale)

Em Março desse ano, a Justiça do RN determinou a saída de moradores da Casa do Estudante, mesmo alguns destes ter provado junto a justiça ser estudantes regulares e mesmo assim foram despejados.

O estudante Francisco Assis, que já foi vice-presidente da Casa, e é natural de Brejinho disse que ele e um grupo de ex-moradores continua buscando na justiça o direito de retornar à Casa do Estudante. "Eu e um colega de Currais Novos que cursa Direito, dentre outros, tivemos que morar na rua, fomos despejados e não tivemos direito de defesa", afirma.

"O mais engraçado é que a Casa do Estudante de Natal foi fechada justamente no governo da professora Fátima Bezerra, a mesma não fez nada pelos estudantes pobres despejados na rua e que tiveream que retornar ao interior após o fechamento da instituição em uma medida arbitrária em conjunto com o governo, Justiça Estadual e imprensa local que foi responsável por espalhar 'FAKE NEWS' que encontra-se pior hoje, que antes", afirma Hélio Carlos, representante da Federação das Casas de Estudantes do Nordeste. 

Intervenção

Em outubro do ano passado, a Justiça do Rio Grande do Norte decretou, com tutela de urgência, a intervenção na Casa do Estudante no estado. Foi nomeado um interventor e pela decisão da 4ª Vara da Fazenda Pública de Natal só deveriam permanecer residindo na instituição quem comprovasse a condição de associado e estudante regularmente matriculado no ensino regular médio ou superior, com a comprovação de frequência.

O Ministério Público do Estado também solicitou em 2018 a dissolução da entidade para decretar a extinção dela. O MP pediu que fosse determinada a incorporação do imóvel onde funciona ao patrimônio do estado.

Na decisão de acordo com o MP, a entidade não possuia recursos financeiros para custear a subsistência dos seus associados e nem muito menos a manutenção do prédio histórico onde fica situada sua sede.