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A eleição presidencial está resolvida?



*Por Adriano Oliveira

Na análise política, a construção de cenários é fundamental. Pois, através deles, o analista não fica mudando de opinião a cada pesquisa de intenção de votos. Cenários postos, previsões realizadas e coerência na análise. Seguem a existir três cenários para a eleição presidencial vindoura: 1) Sucesso eleitoral de Lula no 1° turno; 2) Disputa entre Lula e Bolsonaro no 2° turno; 3) Enfrentamento entre Lula e o candidato da 3° via no turno final.

A recente pesquisa do Datafolha sugere que os dois primeiros cenários continuam fortemente plausíveis. O último segue como cisne negro, o imponderável. Vale o registro de que os candidatos da 3° via pecam quanto às estratégias. Elas são conflituosas. Observem que Ciro Gomes fez a opção equivocada de atacar Lula e Bolsonaro. Inclusive, no período em que o presidente da República estava extremamente fraco. 

Quando os candidatos atacam Lula e Bolsonaro concomitantemente, o seguinte movimento ocorre: o eleitor que rejeita Bolsonaro corre para Lula. E o eleitor que rejeita Lula corre para Bolsonaro. As pesquisas qualitativas e quantitativas revelam isto. Simone Tebet, a candidata da 3° via até o instante, comete o mesmo erro do candidato do PDT. Não escolhe o adversário principal. O adequado era que Tebet e Ciro, por razão matemática e de dados advindos das sábias pesquisas qualitativas, optassem por ter Bolsonaro como principal adversário. Mas eles não fazem isto, pois receiam que Lula vença a eleição no 1° turno.

O candidato do PT continua favorito para vencer a eleição em virtude do ambiente econômico negativo em que os eleitores estão inseridos. Todavia, o presidente Bolsonaro ainda respira e sem ajuda de aparelhos. Ele tumultuará o ambiente eleitoral. Usará a guerra da Ucrânia e a pandemia para justificar a crise econômica. Ressuscitará a Lava Jato. Usará o discurso do medo para convencer o eleitor a não votar no PT. Portanto, o competidor do PL tem estratégias para levar a eleição para o turno final.

Lula está, teoricamente, em um ambiente confortável. Mas, desconfio, que ele sabe das ameaças ao seu favoritismo. Sabe também que a memória econômica positiva da maioria dos votantes para com seu governo é variável que pavimenta o seu novo sucesso eleitoral. E, sabiamente, ele incorporou ao seu discurso, a defesa da democracia, argumento moral útil para enfrentar a narrativa do presidente Jair Bolsonaro. Por enquanto, paciência e prudência para as análises e previsões eleitorais. 

*Doutor em Ciência Política e fundador da Cenário Inteligência

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