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Brasil é o primeiro país a enviar alertas de desastres da Defesa Civil pelo WhatsApp


Desde segunda-feira (14), a Defesa Civil passa a compartilhar alertas de desastres naturais para a população diretamente da sua conta oficial no WhatsApp, aplicativo presente em mais de 120 milhões de celulares no Brasil. O envio de mensagens poderá ser realizado pelas defesas civis estaduais e municipais de todo o País por meio da plataforma Interface de Divulgação de Alertas Públicos (Idap), gerida pela Defesa Civil Nacional. Pioneira do mundo, a iniciativa é fruto de uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o WhatsApp, plataforma de mensageria privada que pertence à Meta, e a Robbu, empresa especializada em soluções de automação de comunicações. 


Atualmente, a população brasileira já recebe alertas de desastres por outros meios, inclusive SMS, Telegram, TV por assinatura e, também, pelo Google. O envio dos alertas aos cidadãos tem como objetivo desenvolver a percepção de risco pela população e, consequentemente, prevenir ocorrências graves. Em casos de alagamentos, por exemplo, dicas simples podem evitar acidentes e reduzir danos materiais. É o caso das seguintes orientações que poderão ser encaminhadas pelas defesas civis locais: “Nunca atravesse pontes, ruas ou avenidas alagadas, mesmo estando de carro, moto ou bicicleta, pois a força da água poderá arrastá-lo” e “Se for imprescindível trafegar, tenha cuidado redobrado com buracos e bueiros sem tampas ou encobertos pela água”. 

“A Defesa Civil brasileira é o primeiro sistema de prevenção e resposta a desastres a se estruturar de maneira permanente para emissão de alertas por meio de uma conta oficial no WhatsApp. O aplicativo já é utilizado com frequência por grupos da Defesa Civil e comunidades para coordenação de trabalho e compartilhamento de informações. Com esse passo incremental, elevamos o nível de resposta a outro patamar, com uma comunicação simples e segura para toda a população, trazendo mais eficácia para o sistema e uma efetividade ainda maior para conscientizar pessoas e salvar vidas”, aponta Dario Durigan, diretor de Políticas Públicas do WhatsApp. 


Como o usuário deve se cadastrar

Após o envio de qualquer mensagem pelo usuário, o robô encaminhará a pergunta se a pessoa deseja receber os alertas da Defesa Civil. Se sim, será disponibilizado no chatbot os termos de uso e política de privacidade, que regulamentam o projeto, e o pedido para o aceite do usuário. 

Na sequência, será solicitado ao usuário que envie a localização que deseja receber os alertas. Podem ser cadastradas várias localizações diferentes, pensando nos lugares que frequenta, que deseja monitorar ou mesmo se for fazer alguma viagem. 

São três diferentes possibilidades para o cadastro das localizações: a pessoa pode compartilhar a localização na mensagem (toque em Anexar > Localização); digitar o CEP e clicar em enviar ou, simplesmente, digitar o nome do município e enviar. Essas áreas de interesse podem ser editadas a qualquer momento. 

Para aumentar o alcance da nova ferramenta, toda a base de cadastro da Defesa Civil para envio dos alertas por SMS – estimada em 10 milhões de usuários – vai receber uma mensagem com o convite para o cadastro para receber, também, pelo aplicativo. É uma campanha inicial para trazer usuários para essa nova ferramenta. 

Estados e municípios aptos a encaminhar os alertas

O envio de alertas por WhatsApp é realizado por meio da Plataforma Interface de Divulgação de Alertas Públicos (Idap), mantida e gerida pela Defesa Civil Nacional.

Os órgãos estaduais e municipais que quiserem fazer o encaminhamento de alertas por meio do aplicativo devem realizar seu cadastro na plataforma Idap. Atualmente, todos os órgãos estaduais brasileiros estão cadastrados, além de 148 municípios. 

Como todos os estados estão cadastrados na plataforma, os usuários do WhatsApp de todo o território nacional estão aptos a receber os alertas, mas é fundamental que os municípios também se cadastrem para que possam realizar a comunicação de forma mais direta com os moradores. 

O cadastro é simples: o responsável pelo órgão estadual ou municipal precisa criar login e senha (caso ainda não possua) e preencher um formulário com informações sobre o município e seus contatos. É necessário, também, inserir um ofício assinado por uma autoridade do município indicando aquela pessoa para operar a plataforma de envio de alertas. O importante é que o órgão em questão tenha capacidade técnica e operacional para a atividade. 

Nas próximas semanas, a Defesa Civil Nacional e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) disponibilizarão um curso on-line sobre a utilização da ferramenta, que já estará no ar. 

Fluxo do envio dos alertas

Os órgãos de monitoramento (Cemaden, Inmet e CPRM) encaminham os alertas diários ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), que, por sua vez, realiza a rápida análise e os repassa imediatamente aos órgãos estaduais e municipais envolvidos. 

Esse repasse é feito por e-mail, SMS, WhatsApp e, quando se trata de alertas mais críticos, por telefone diretamente aos responsáveis. 

A partir daí, o órgão local toma a decisão de fazer o alerta à população pelas ferramentas e meios que julgar necessário. Vale ressaltar que as mensagens poderão continuar sendo enviadas pelas ferramentas que já eram disponibilizadas até agora. 

Tecnologia

O envio dos alertas é realizado pela Plataforma Idap, a mesma utilizada desde 2017 para o envio das mensagens das defesas civis por SMS, TV por assinatura, pelo Google e pelo Telegram. 

Para que a população utilize a ferramenta, foi firmada uma parceria com a Meta, que oferece a gratuidade do serviço de envio de notificações. Para o desenvolvimento do chatbot, foi firmada uma colaboração com a Robbu, empresa licenciada pelo WhatsApp no Brasil, que tem ampla expertise em desenvolvimento de chatbot.

Já a tecnologia que realiza o processamento das regiões, do envio dos alertas, qual população vai receber a informação, é toda do MDR. 

A ferramenta de chatbot tem análise de inteligência para identificar alguns termos que podem ser encaminhados pelo usuário durante a interação. Se o usuário digitar, por exemplo, a palavra “desastre”, o robô vai entrar no guia de recomendações e encaminhá-lo na mensagem. Mensagens fora do padrão direcionarão o usuário para o menu inicial. 

Segurança do sistema

Atualmente, apenas pessoas cadastradas, ou seja, com usuário e senha, acessam a plataforma Idap. Além disso, o MDR tem, por padrão, trabalhar com regras de segurança e de tecnologia da informação. São regras aplicadas pelos órgãos de governo para impedir que o banco de dados seja acessado. 

Para receber mais notícias do MDR, jornalistas e blogueiros interessados podem se cadastrar nos grupos de WhatsApp. Um deles tem enfoque em notícias de abrangência nacional e, nos demais, serão compartilhadas informações exclusivas de cada estado. Clique neste link para acessar os os grupos. Caso deseje receber apenas informações relacionadas à proteção e defesa civil, cadastre-se neste link.

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