Pular para o conteúdo principal

STF julga ação que pode flexibilizar fim da contribuição sindical obrigatória


O Supremo Tribunal Federal (STF) julga em plenário virtual, até a próxima segunda-feira, 24, se todos os empregados, sindicalizados ou não, são obrigados a pagar contribuição assistencial prevista em acordo coletivo. Os ministros julgam recurso de entidades sindicais contra decisão da Corte de 2017 que determinou que essa obrigação abrange apenas funcionários filiados ao sindicato da categoria.

Esse tipo de contribuição é destinada ao custeio de atividades do sindicato, principalmente negociações coletivas. As entidades alegaram omissão da Corte ao tratar sobre a contribuição assistencial, que teria sido confundida com a contribuição confederativa (destinada ao custeio da cúpula do sistema sindical).

A contribuição assistencial é diferente da contribuição sindical, que era obrigatória a todos os trabalhadores e empresas, mas se tornou opcional em 2017, com a reforma trabalhista. O Supremo validou esse dispositivo da reforma em 2018.

Os autores da ação argumentam que há jurisprudência na Corte no sentido de que a contribuição assistencial é devida por todos os integrantes da categoria, associados ao sindicato ou não. De acordo com o entendimento do Supremo de 2017, o desconto na folha de salário de funcionários não filiados somente poderia ser realizado mediante autorização prévia.

“Não havendo essa autorização, há risco, inclusive, de a empresa ser condenada na Justiça do Trabalho a devolver os valores da contribuição assistencial descontados dos salários dos empregados”, observa Marcel Augusto Satomi, advogado do escritório Machado Associados.

Com as mudanças impostas pela reforma trabalhista, o ministro Gilmar Mendes, relator da ação, mudou seu entendimento em relação ao voto proferido em 2017. Agora, ele incorporou o voto do ministro Luís Roberto Barroso para reconhecer a constitucionalidade da cobrança da contribuição assistencial a trabalhadores não sindicalizados, desde que lhes seja garantido o direito de oposição.

“Havendo real perigo de enfraquecimento do sistema sindical como um todo, entendo que a mudança de tais premissas e a realidade fática constatada a partir de tais alterações normativas acabam por demonstrar a necessidade de evolução do entendimento anteriormente firmado por esta Corte sobre a matéria, de forma a alinhá-lo com os ditames da Constituição Federal”, afirmou o ministro em seu voto. Além de Barroso e Gilmar, a ministra Cármen Lúcia também defendeu esse entendimento. O placar está em 3 a 0.

Estadão conteúdo

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

[VÍDEO] Vendedora ambulante pede ajuda após ser expulsa e impedida por médico de comercializar lanches em frente à clínica em Caicó

Foto/Reprodução Através das redes sociais, a vendedora ambulante Rosário, fez um desabafo pedindo ajuda para trabalhar. Rosário que comercializa lanches em um isopor diz que foi retirada de frente ao Hospital Thiago Dias, pelo médico Thiago Dias onde comercializava suas mercadorias. Segundo relato da vendedora ambulante que tem na venda dos seus lanches o único meio de sustentar sua família, ela afirma que o  médico Thiago Dias pediu para ela sair de frente da sua clínica, para não deixá-la "deselegante"e pediu a mesma para comercializar seus lanches no outro lado da rua. Após o ocorrido, a vendedora ambulante passou a comercializar seus lanches, próximo à uma praça de táxi, mas novamente foi impedida de comercializar seus produtos. A mãe de família diz se sentir injustiçada, e em seu desabafo  pede ajuda para continuar trabalhando. A mesma relatou que procurou o  prefeito de Caicó para resolver sua situação, pois a mesma precisa trabalhar. Veja vídeo abaixo , para assistir

Mistério em Natal(RN)...

Muitos se perguntam em Natal, quem será o patrocinador dos outdoors estampando a foto da pré-candidata Joanna Guerra pela capital?  Até o momento, a resposta é um mistério.

Guerra nas redes

Reprodução/Internet  A frustação em torno do desempenho de Lula nas redes sociais fez o Palácio do Planalto reforçar a atuação da  comunicação na internet (Paulo Pimenta está contratando serviços especiais). Para tentar combater a surras que Lula leva, especialmente quando quer reproduzir o modelo de Jair Bolsonaro com lives no YouTube. O petista acumula perto de 29 milhões de seguidores nas principais redes sociais (Instagram, X, Facebook e Youtube). Bolsonaro tem 60 milhões. As contas apuradas são de redes pessoais e não incluem partidos ou grupos de WhatsApp ou Telegram. O último vídeo publicado por Lula no Youtube obteve 2,2 mil visualizações em oito horas; e de Bolsonaro, 36 mil em cinco horas.